O povoado de Santa Olaia localiza-se na Freguesia de Santana, Concelho da Figueira da Foz , Distrito de Coimbra e as suas coordenadas Gauss são M- 149, 96215 e P - 335, 95957 (Carta Militar Portuguesa 239).
Implantado na margem direita do antigo estuário do Mondego, rio do qual dista actualmente cerca de 1 Km, o sítio de Santa Olaia era muito provavelmente, na Antiguidade, uma pequena ilhota
Implantado na margem direita do antigo estuário do Mondego, rio do qual dista actualmente cerca de 1 Km, o sítio de Santa Olaia era muito provavelmente, na Antiguidade, uma pequena ilhota
Impanta-se numa colina de baixa altitude (cota média 20m), rodeada a Norte e a Sul por terrenos de aluvião, hoje em dia ocupados por arrozais. A Este fica um depressão de 80m de largura, designada por “Poço” que separa o povoado de Santa Olaia do Monte de Ferrestelo.
Os trabalhos arqueológicos realizados por Santos Rocha no início do século XX, e os que tiveram lugar no anos 90, revelaram uma intesa ocupação da Idade do Ferro, tendo sido identificados três momentos distintos dessa ocupação.
O sítio foi igualmente ocupado durante a época romana e medieval.
O sítio foi igualmente ocupado durante a época romana e medieval.
O sítio de Santa Olaia sofreu, desde cedo, destruições sistemáticas, de consequências desastrosas, uma vez que as ligações terrestres que ligam a Figueira da Foz a Coimbra passam, tradicionalmente, pelo sítio. A construção da estrada real, ainda
em época anterior aos primeiros trabalhos de Santos Rocha, foi o início de um longo processo de estragos. Em 1937, o alargamento da estrada, agora denominada EN 111, viria a provocar a destruição de parte dos muros e pavimentos postos à vista por Santos Rocha e, ainda, o aterro do "poço", de modo a permitir o acesso aos arrozais. Mais graves foram, no entanto, os estragos provocados pela construção da IP3, quando as estruturas a Norte (fosso, muralha, fornos) foram gravemente atingidas.
Escavado por Santos Rocha nos primeiros anos do século XX, voltou a ser intervencionado em 1992-93, por Isabel Pereira.
em época anterior aos primeiros trabalhos de Santos Rocha, foi o início de um longo processo de estragos. Em 1937, o alargamento da estrada, agora denominada EN 111, viria a provocar a destruição de parte dos muros e pavimentos postos à vista por Santos Rocha e, ainda, o aterro do "poço", de modo a permitir o acesso aos arrozais. Mais graves foram, no entanto, os estragos provocados pela construção da IP3, quando as estruturas a Norte (fosso, muralha, fornos) foram gravemente atingidas.
Escavado por Santos Rocha nos primeiros anos do século XX, voltou a ser intervencionado em 1992-93, por Isabel Pereira.
Em todos os momentos construtivos da Idade do Ferro, as estruturas habitacionais apresentam plantas rectangulares, algumas das quais divididas em compartimentos, sendo de maiores dimensões aquelas que pertencem ao primeiro momento de ocupação. Trata-se de compartimentos cujo comprimento varia entre os 3,75 m e os 3,25 m e cuja largura nunca excede os 2,25 m.
Os muros eram constituídos por paredes de abode alçadas sobre alicerces contruídos por pedras de pequenas e médias dimensões ligadas por argila.
Os pavimentos das casas eram de terra argilosa muito compactada, que estava coberta por areia amarela. Estes pavimentos elevavam-se apenas 10 cm acima da base do alicerce pétreo.
O sítio encontrava-se rodeado de uma muralha.
Numa extensão de 22 metros de comprimento, limitada a Norte pela muralha, encontrou-se uma bateria de fornos de distintas tipologias, fornos esses que terão estado em funcionamento entre o século VII e o século V a.C.
Os fornos,escavados em 1992, e que abrangiam uma área de 960 m2, eram circulares, semicirculares e piriformes. Os dois primeiros tipos possuíam muros de pedra exteriores, e estavam revestidos no interior por uma fina camada argilosa que, aliás, revestia também o fundo dos referidos fornos. Os de forma piriforme eram integralmente construídos em argila.
A escavação de Santa Olaia forneceu um numeroso espólio cerâmico e metálico.
Os muros eram constituídos por paredes de abode alçadas sobre alicerces contruídos por pedras de pequenas e médias dimensões ligadas por argila.
Os pavimentos das casas eram de terra argilosa muito compactada, que estava coberta por areia amarela. Estes pavimentos elevavam-se apenas 10 cm acima da base do alicerce pétreo.
O sítio encontrava-se rodeado de uma muralha.
Numa extensão de 22 metros de comprimento, limitada a Norte pela muralha, encontrou-se uma bateria de fornos de distintas tipologias, fornos esses que terão estado em funcionamento entre o século VII e o século V a.C.
Os fornos,escavados em 1992, e que abrangiam uma área de 960 m2, eram circulares, semicirculares e piriformes. Os dois primeiros tipos possuíam muros de pedra exteriores, e estavam revestidos no interior por uma fina camada argilosa que, aliás, revestia também o fundo dos referidos fornos. Os de forma piriforme eram integralmente construídos em argila.
A escavação de Santa Olaia forneceu um numeroso espólio cerâmico e metálico.
Destaca-se a presença de cerâmica manual polida e grosseira, cerâmica de engobe vermelho (lucernas, pratos e taças carenadas) que incluí pratos de bordo largo e aplanado, alguns dos quais apresentam decoração pintada a branco sobre o bordo.
Também estão presentes vasos pintados em bandas, como pithoi e urnas cruz del Negro e cerâmicas cinzentas finas polidas.
Também estão presentes vasos pintados em bandas, como pithoi e urnas cruz del Negro e cerâmicas cinzentas finas polidas.